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Em BH, Justiça autoriza cultivo de maconha para tratar criança com autismo

Mais uma ótima notícia para a comunidade canábica! A Justiça autorizou o pai de uma criança, diagnosticada com autismo e epilepsia, a cultivar maconha e produzir óleo medicinal

Nesta última quarta-feira (22/7), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicou uma autorização liminar para permitir o autocultivo de maconha e possibilitar o tratamento de um garoto de 12 anos. Leandro Ramires, pai de Benício, solicitou o pedido há cerca de quatro meses, mas o garotinho já faz tratamento com maconha medicinal há alguns anos.

Benício tem convulsões desde os cinco meses. Antes de iniciar o tratamento com o óleo de maconha, ele tinha entre 30 e 60 convulsões por mês. Então, o garoto foi diagnosticado com Epilepsia Refratária e Autismo Severo, decorrentes da Síndrome de Dravet.

Aos cinco anos, ele começou a tomar o óleo e, hoje, a sua vida é outra. Atualmente, Benício tem no máximo duas convulsões por mês e nunca mais precisou ser internado. Antes de começar o tratamento, ele foi internado duas vezes.

A decisão liminar permite apenas o cultivo da planta Cannabis Sativa L. e a produção do óleo medicinal. O habeas corpus deixa claro que o pai não pode fornecer ou usar a planta para qualquer outro propósito.

“Essa é uma decisão individual e a gente entende que o direito de um deve ser o direito de todos. Nosso interesse é que todos os pacientes que sofrem e que podem ter a qualidade da sua vida modificada extremamente com o uso da cannabis medicinal possam ser beneficiados por um acesso livre, regulamentado e justo em todo país”, disse o pai, que também é presidente da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal.

Todos os dias, o filho de Leandro toma três gotinhas de óleo de CBD, que resulta em um frasco por mês. No Brasil, o remédio de CBD disponível nas farmácias é muito caro. Os importados são mais baratos, mas os valores continuam sendo altos. Por isso, a possibilidade de cultivar e produzir o óleo de maconha vai facilitar a vida da família mineira.

A ótima decisão da Justiça aconteceu poucos dias após outro habeas corpus ser liberado para um paciente medicinal de Brasilia. Um rapaz de 21 anos, diagnosticado com depressão, conseguiu a autorização para cultivar maconha como um meio para tratar sua condição. Sem contar na família de Mogi que, na última semana, conquistou o salvo conduto para tratar o filho autista.

Cada vez mais, pacientes de maconha medicinal ao redor do Brasil estão conseguindo os seus direitos. E, o Ganja Talks, ao lado da comunidade canábica, vai continuar fortalecendo o jornalismo brasileiro e ativista da maconha.

Fontes: G1 e O Tempo